12 de outubro de 2009

O homem de preto fugia pelo deserto

...e o pistoleiro ia atrás.


A Torre Negra toda, sem sombra de dúvida, é a maior das histórias que já existiu. Mas eu confesso que não queria terminar de ler. Na realidade, eu levei quase um ano para ler o sétimo livro, pois não queria que a história acabasse. De fato ela não acabou e acho que nunca acabará, mas ainda assim eu não terei mais o que ler sobre Roland e sua infindável busca pela Torre Negra. E isso é triste, porque me apeguei à todos eles. Eu vibrei, chorei, ri, tive raiva e medo junto com todos eles. Eu me lembro perfeitamente de como me senti quando vi Eddie e Jake morrerem, e de como senti raiva de Suzannah quando ela decidiu partir, de como a chamei de covarde. De como foi sentir a ultima facada, que foi a corajosa morte de Oi, quem eu admirei e quem Roland chamou de "O Bravo". Senti um imenso orgulho dele, que foi o mais corajoso de todos. Isso tudo foi triste. Foi triste ver Pat sozinho observando Roland entrar na sua tão amada torre. Foi triste vê-lo largar o grande e velho revolver de cabo de sândalo na entrada da Torre, tão triste quanto foi ver Suzannah jogar o seu gêmeo na lata de lixo, velho e inútil. Mas o mais triste foi o fim. Senti muita pena do pistoleiro, mais do que de qualquer um. E um pouco de raiva da Torre, eu confesso. E ainda me sinto triste por ele. Acho que nunca vai passar. Mas pelo menos os outros membros do dissolvido ka-tet da rosa puderam viver juntos e em paz. Não viveram felizes para sempre, mas de fato viveram. E, por fim, além dessa tristeza que restou, restou também uma certa raiva da Torre e um certo desprezo pelo Stephen-grande-filho-da-puta-King (embora eu não o culpe pelo final; como ele disse quando se desculpava, não havia como ser diferente). Outra coisa que acho que não vai passar.


No final do livro havia também o poema completo Childe Roland to the Dark Tower came que, embora tivesse vontade, não li. Li apenas algumas estrofes. Acho que vou acabar baixando e postando aqui mais tarde. Pra agora, deixo apenas este quadro do Thomas Moran cujo nome também é Childe Roland to the Dark Tower came.
Achei que seria bom publicá-lo aqui, mais por mim do que pra qualquer um que pudesse ler. Não acho que ele tenha retratado nem um pouco da imensidão e majestade da Torre mas, afinal, ele não é Patrick Danville e eu o perdôo por isso.


Essa será a lembrança que me restará de toda essa trajetória, junto com o pensamento de que a história de Roland nunca terá fim.

Longos dias e belas noites, sai.

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